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 Pura contradição (Entrevista de 04/03/2008)

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KillerBee
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Ficha pessoal
Qual o teu membro favorito ?: Ville ( vocalista )
Conheces-te os HIM quando/como ?: conheco desde dos 9 anos pela minha prima
Qual a teu album favorito ?: Deep Shadows & Brilliant Highlight

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MensagemAssunto: Pura contradição (Entrevista de 04/03/2008)   Pura contradição (Entrevista de 04/03/2008) Icon_minitimeSáb Mar 08, 2008 7:53 am

Entrevista com o Ville para o jornal online espanhol Elmundo.es aproveitando o tour dos HIM pela Espanha durante a última semana.


HIM: Pura contradição
(Hector del Toro - 04/03/08)


MADRID. Talvez tu sejas mais uma das contradições que caracterizam a tua música. Duro e obscuro, com alma frágil, sorriso tímido e sincero. Os concertos estão repletos de camisolas pretas e cabelos compridos que aclamam com gritos do seu líder, o finlandês Ville Valo, vocalista dos HIM (His Infernal Majestic).

Gorro, casaco e calças pretas vestem uma voz tenebrosa que combina os acordes e o silêncio com cigarros intermináveis. "Venus Doom" (Warner, setembro/2007), o sexto álbum de estúdio da banda se apresenta como uma combinação improvisada de metal e rock progressivo, que deixa para trás o seu tradicional pop melancólico.

Gaba-se de possuir o primeiro álbum de rock que inclui uma ejaculação feminina (contrataram uma actriz porno dos EUA para isso), além de contar com um contagiante tema dedicado a um amigo que se suicidou (The Kiss Of Dawn).

PERGUNTA: O que é "Venus Doom", o título do álbum?
RESPOSTA: Sempre tivemos uma contradição, sempre tivemos um yin e um yang nos títulos dos nossos álbuns, não sei porquê. Talvez porque não conseguimos decidir se somos maus ou bons, mas somos algo intermediário. Anteriormente tivemos um "Dark Light" e um "Love Metal". Tivemos sempre algo mais agressivo, mas também algo suave. Então, Venus, a deusa do amor, e Doom, sombra, obscuridade. É uma combinação de ambas as coisas, o bom e o mau.

P: Falas sempre desta contradição de conceitos. Qual é o equilíbrio para tudo isso?
R: Não sei, ainda tento encontrar o equilíbrio. Creio que a vida está replecta de contradições, é muito difícil fazer qualquer coisa, muito difícil não ferir ninguém no caminho...

P: Então não há equilíbrio na tua vida?
R: Acho que ninguém tem equilíbrio. As únicas pessoas que encontraram o equilíbrio são os religiosos, o único caminho para isso É difícil. Através da música tenho sido capaz de me tornar uma pessoa melhor porque me expresso nela. O bom e o mau. É como dançar sobre o fio da navalha: é um jogo perigoso, mas eu gosto. É uma roleta russa.

P: Esta é uma etapa mais dura na vida dos HIM?
R: Não. Tocarmos um som mais pesado não significa necessariamente que sejamos pessoas mais duras. Eu cresci a ouvir grupos como Kiss, Black Sabbath, Led Zeppelin... Mas por outro lado, escutei muitos outros como Duran Duran, Depeche Mode e todos esses. Procuramos unir todas essas coisas na nossa música, a parte mais 'poppy' e sentimental e ao mesmo tempo a parte mais pesada e uma atitude mais roqueira. É uma combinação de ambas.
Pode-se sempre queixar, as pessoas são muito boas queixando-se. O Ocidente adora queixar-se, sabes. Tenho um café, tenho uma casa, tenho um prato na mesa, tenho cigarro para fumar, tenho uma boa actuação no La Riviera, não posso me queixar. Portanto, não são tempos difíceis. A música é dura, mas os tempos não são duros.

P: E este álbum contem uma música mais dura?
R: Um pouco, sim. Algumas das canções eram tão melódicas e tão obviamente sentimentais que eu quis mudá-las um pouco. Tivemos muitos teclados no nosso álbum anterior, "Dark Light". Não queríamos seguir nessa direcção porque foi muito pop. Ouvimos muito da velha escola como Black Sabbath e usamos mais guitarras. Ocorreu de uma forma muito natural.

P: Qual é então a diferença com os outros discos?
R: Soam como o mesmo grupo, em essência. É difícil para mim, comparar. Em nosso primeiro álbum, que foi há mais de 10 anos, eu tinha 19 ou 20 anos; claro que agora somos pessoas diferentes, ouço um tipo diferente de música e isso afecta o som, mas estou orgulhoso do nosso desenvolvimento.

P: Como gostarias de ser lembrado?
R: Não sou um político, não sou religioso, não sei muito do mundo. Sou jovem, tenho 30 anos e toco música desde que tinha 7. Cresci com a música, não há um sentido profundo escondido em mim, não há ouro. Escrevo canções porque gosto de música. Temos sorte com o grupo que temos, por sermos capazes de gravar discos que são ouvidos no mundo inteiro. Tivemos muita sorte, mas ainda somos jovens, ainda podemos cometer muitos erros pelos quais podemos ser lembrados.

P: Acredita que as pessoas que te escutam estão a espera de uma resposta?
R: Não, acredito que não. Acho que a música é uma forma boa e sudável de escapar do mundo por um segundo, é muito mais saudável do que drogar-se ou beber muito. Quando ouves uma boa música esqueces-te das preocupações por um momento. Danças, bates palmas, cantas . Eu acho que essa é a beleza da música. Ela leva-te para outro mundo, assim como um bom filme te transporta para outro lugar.
Não somos pregadores de nenhum tipo. Não temos uma mensagem, então porque eu transmitiria algo que eu não sei? Eu acho que eles aprendem sobre si mesmos da mesma maneira que nós.

P: Qual é o fio condutor entre o sensorial das tuas canções e esta vida superficial?
R: Todos vivemos, todos morremos, todos amamos, são os três temas universais da vida... A minha vida não é superficial no que leva ao contacto com a música. A música é minha magia, a minha forma de escapar daqui. Esquece-se da superficialidade e do material deste mundo quando se fala de música. É magia, não é matemática, não é política, não é religião, não é dinheiro. Todos podem escrever uma canção e é o que eu faço. É óotimo poder pagar o meu aluguer graças à música e poder concentrar-me nela 24 horas por dia, 7 dias por semana. O êxito é divertido.

P: Imaginas-te a levar uma vida normal com família e um cão?
R: Sou alérgico a cães. (risos) Aserio. Eu adoraria ter família um dia, mas é muito difícil para mim, pois sou músico, as coisas estão a correr bem e isso significa que eu fico aproximadamente 7 meses por ano longe de casa. Seria realmente impossível ter família.
Eu não quero ser um pai que nunca está em casa, percebes. então algum dia... Ainda tenho algum tempo. Meu pai foi um bom pai e eu, bem, veremos...

P: O que á de melhor na tua vida ?
R: Não existe só uma coisa que seja o melhor. Tenho pais e um irmão mais novo fantásticos, bons amigos na banda e em casa. Tenho uma casa, estou a ler um bom livro ... Sou feliz com pequenas coisas. Creio que não há nada que me possa fazer mais feliz do que sou agora.

P: Diz-me a primeira coisa que te vem á cabeça com estas palavras: morte...
R: Sexo. [Amor...] Sexo. [Sofrimento...] Sexo. [Bush...] Não consigo pensar numa resposta, é o diabo no mundo, não gostaria de estar associado ao Bush, o arbusto em chamas ["Bush" significa arbusto]. Ok, direi sexo. As pessoas costumam dizer que se tem um "arbusto" quando não estão depiladas [aponta para os genitais]. [Música...] Liberação. [Deus...] Escravidão. [Espanha...] Jamón [em espanhol]. [Vida...] Iggy Pop... tan tan tan, tan tan tarán [canta o tema de Jet, 'Are you gonna be my girl'].

Os HIM apresentaram-nos o seu novo álbum, "Venus Doom", em La Riviera de Madrid. As suas próximas apresentações na Espanha foram em Barcelona (Razzmatazz, 4 de março) e Valencia (MTV Winter, 5 de março).

Para verem a entrevista orgininal e o video, cliquem Aqui
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